sábado, 10 de maio de 2014

DESCRIÇÃO DOS SOFRIMENTOS DE JESUS CRISTO POR UM MÉDICO I

A seguir, um relato médico pelo Dr. Barbet ,médico francês, dos sofrimentos de Jesus por mim e por ti:
NO GETSÊMANI (Lucas 22.44)
Jesus entrou em agonia no Getsemani, e seu suor tornou-se como gotas de sangue a escorrer pela terra. O único evangelista que relata o fato é um médico, Lucas. E o faz com a decisão de um clínico. O suar sangue, ou hematidrose, é um fenômeno raríssimo. É produzido em condições excepcionais: para provocá-lo é necessario uma fraqueza física, acompanhada de um abatimento moral violento causado por uma profunda emoção, por um grande medo.
O terror, o susto, a angústia terrível de sentir-se carregando todos os pecados dos homens devem ter esmagado Jesus. Tal tensão extrema produz o rompimento das finíssimas veias capilares que estão sob as glândulas sudoríparas, o sangue se mistura ao suor e se concentra sobre a pela e então escorre por todo o corpo até a terra.
A FLAGELAÇÃO E A COROA DE ESPINHOS (Lucas 23.1-25, João 19.1-17)
Conhecemos a farsa do processo preparado pelo Sinédrio hebraico, o envio de Jesus a Pilatos e o desempate entre o procurador romano e Herodes. Pilatos cede e então ordena a flagelação de Jesus. Os soldados despojam Jesus e o prendem pelo pulso a uma coluna do pátio.
A flagelação se efetua com tiras de couro múltiplas sobre as quais são fixadas bolinhas de chumbo e de pequenos ossos. Os carrascos devem ter sido dois, um de cada lado e de diferentes estaturas. Golpeiam com chibatadas a pele, já alterada por milhões de microscópicas hemorragias do suor de sangue. A pele se dilacera e se rompe; o sangue espirra. A cada golpe Jesus reagem em um sobressalto de dor. As forças de esvaem; um suor frio lhe impregna a fronte, a cabeça gira em uma vertigem de náusea, calafrios lhe correm ao longo das costas. Se não estivesse preso no alto pelos pulsos, cairia em uma poça de sangue.
Depois, o escárnio da coroação. Com longos espinhos, mais duros que os de acácia, os algozes entrelaçam uma espécie de capacete e o aplicam sobre a cabeça. Os espinhos penetram no couro cabeludo fazendo-o sangrar (os cirurgiões sabem o quanto sangra o couro cabeludo).
A CAMINHADA ATÉ O CALVÁRIO (Lucas 23.26-32)
Pilatos, depois de ter mostrado aquele homem dilacerado à multidão feroz, o entrega para ser crucificado.
Colocam sobre os ombros de Jesus o grande braço horizontal da cruz; que pesa uns 50 quilos. A estaca vertical, já está plantada sobre o Calvário. Jesus caminha com os pés descalços pelas ruas de terreno irregular, cheias de pedregulhos. Os soldados o puxam com as cordas. O percurso é de cerca de 600 metros. Jesus, fatigado, arrasta um pé após o outro, frequentemente cai sobre os joelhos. E os ombros de Jesus estão cobertos de chagas. Quando ele cai por terra, a viga lhe escapa, escorrega e lhe esfola o dorso.
Finalmente, para ganhar tempo, os soldados escolhem um homem na multidão, Simão, que vinha do campo, e puseram a estaca sobre suas costas, para que a levasse após Jesus.
A CRUCIFICAÇÃO (Lucas 23.33-49, João 19.18-37)

Sobre o Calvário tem início a crucificação. Os carrascos despojam o condenado, mas sua túnica está colada nas chagas e tirá-la produz dor atroz. Quem já tirou uma atadura de gaze de uma grande ferida percebe do que se trata. Cada fio de tecido ,adere á carne viva; ao levarem a túnica, se laceram as terminações nervosas postas em descoberto pelas chagas. Os carrascos dão um puxão violento. Há um risco de toda aquela dor provocar uma síncope, mas ainda não é o fim. O sangue começa a escorrer.

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