Afinal quem
é Jesus pra você?
2A. JESUS CRISTO É DEUS?
Jesus afirmou ser Deus. Ele não deixou quaisquer outras
opções. Sua afirmação de que é Deus ou é verdadeira ou é falsa, e deve-se
considerar seriamente tal afirmação. A pergunta de Jesus aos discípulos:
"Mas vós, quem dizeis que eu sou?" (Marcos 8:29)
também é feita a nós hoje.
A afirmação de Jesus de que é Deus deve ser verdadeira ou
falsa. Caso seja verdadeira, então Ele é O Senhor, e temos de aceitar ou
rejeitar o Seu senhorio. Somos "indesculpáveis".
Primeiro, suponha que era falsa a afirmação de que Ele era
Deus. Se era falsa, temos então duas, e apenas duas, alternativas. Ou Ele sabia
que era falsa ou não sabia. Analisaremos separadamente cada alternativa e
examinaremos as provas existentes.
3A. ELE FOI UM MENTIROSO?
Se, ao fazer essas afirmações, Jesus sabia que não era Deus,
então Ele estava mentindo. Mas, se ele foi um mentiroso, então foi também um
hipócrita, pois ensinou os outros a serem honestos a todo custo, enquanto Ele
mesmo estava ensinando e vivendo uma enorme mentira.
E, mais do que isso, Ele foi um demônio, pois ensinou as
pessoas a confiarem a Ele o destino eterno de cada uma delas. Caso Ele não
pudesse comprovar Suas reivindicações, e Ele sabia que não poderia, então Ele
foi indescritivelmente maldoso.
Finalmente, Ele também foi um tolo, porque foram as suas
reivindicações de que era Deus que O levaram à crucificação.
Marcos 14:61-64: "Ele, porém, guardou silêncio, e nada
respondeu. Tornou a interrogá-lo o sumo sacerdote, e lhe disse: És tu o Cristo,
o Filho do Deus Bendito? Jesus respondeu: Eu sou, e vereis o Filho do homem
assentado à direita do Todo-poderoso e vindo com as nuvens do céu. Então o sumo
sacerdote rasgou as suas vestes e disse: Que mais necessidade temos de
testemunhas? Ouvistes a blasfêmia, que vos parece? E todos o julgaram réu de
Morte".
E João 19:7: "Responderam-lhe os judeus: Temos uma lei
e, de conformidade com a lei, ele deve morrer, porque a si mesmo se fez Filho
de Deus".
J. S. Mill, o filósofo, cético e adversário do cristianismo,
escreveu: "Na vida e ensinos de Jesus existe uma marca de originalidade
pessoal combinada à profunda intuição, marca que, dentre os homens de
extraordinária capacidade, caracteriza os mais destacados indivíduos de que a
nossa espécie pode se orgulhar. Quando essa notável qualidade entra em
combinação com as qualidades daquele que é provavelmente o maior reformador
moral e mártir que já existiu sobre a terra, não se pode afirmar que a religião
tenha feito uma escolha ruim ao exaltar esse homem como o modelo e guia ideais
da humanidade; nem mesmo agora seria fácil, mesmo para um incrédulo, encontrar
uma outra e melhormaneira de traduzir a teoria para a prática do que se
esforçar por viver de um tal modo que Cristo dariaaprovação à nossa vida".
11/34
William Lecky, um dos mais renomados historiadores da
Grã-Bretanha e um esforçado opositor do cristianismo organizado, escreveu no
livro HistoryofEuropean Morais fromAugustas toCharlemagne
(História da Moral Européia de Augusto a Carlos Magno):
"Ao cristianismo esteve reservado o papel de apresentar ao mundo uma idéia
sublime, a qual, através de todas as mudanças de dezoito séculos, tem inspirado
os corações dos homens com um amor dominador; tem demonstrado capacidade de
agir em todas as épocas, em todas as nações, em todos os temperamentos e em
todas as condições; tem sido não apenas o mais elevado padrão de virtude, mas
também o mais forte incentivo à prática desse padrão... O simples registro
desses três breves anos de vida ativa tem feito mais para regenerar e
enternecer a humanidade do que todos os discursos dos filósofos e todos os
semões dos moralistas". 16/8; 11/34
Philip Schaff, o historiador cristão, disse: "Se esse
testemunho não for verdadeiro, deve ser blasfêmia ou loucura pura. A primeira
hipótese não consegue subsistir um instante sequer diante da pureza e dignidade
moral de Jesus, reveladas em todas as suas palavras e obras, e reconhecidas
universalmente. A possibilidade de Jesus ter-se enganado numa questão de tanta
relevância, tendo ele uma mente em todos os aspectos tão lúcida e esclarecida,
está igualmente fora de questão. Como Ele poderia ter sido um fanático ou um
louco,se jamais perdeu o Seu equilíbrio mental, se atravessou serenamente todos
os problemas e perseguições, tal como o sol por cima das nuvens, se sempre deu
a mais sábia resposta a perguntas provocadoras, se calma e deliberadamente
predisse Sua morte na cruz, Sua ressurreição ao terceiro dia, o derramamento do
Espírito Santo, a fundação da Sua Igreja, a destruição de Jerusalém — predições
que se cumpriram literalmente? Uma personalidade tão diferente, tão completa,
tão coerente, tão perfeita, tão humana e, ao mesmo tempo, tão acima de toda a
grandeza humana, não pode ser fraude nem ficção. Conforme já foi dito com muita
propriedade, nesse caso o poeta teria que ser maior do que o herói. Seria
preciso mais do que um Jesus para inventar um outro Jesus". 35/109
Em outro livro, The Person ofChrist (A Pessoa de Cristo),
Schaff apresenta provas bem convincentes:
"A hipótese de impostura é tão revoltante, quer para o
senso moral quer para o senso comum, que o simples fato de enunciá-la já é a
sua rejeição. Foi inventada pelos judeus que crucificaram o Senhor, a fim de
encobrir o seu crime, mas jamais foi levada a sério, e nenhum estudioso com
bom-senso e auto-estimaousaria agora professar abertamente essa idéia. Em nome
da lógica, do senso comum e da experiência, como é que um impostor — isto é, um
homem enganador, egoísta e depravado — conseguiu inventar e sustentar
coerentemente, do início até o fim, o mais puro e nobre caráter que a história
conheceu, com a mais perfeita aparência de autenticidade e realidade? Como ele
conseguiu conceber e, com sucesso, executar um plano sem igual de beneficência,
magnitude moral e sublimidade, e sacrificar sua própria vida por isso, quando
confrontado pelos mais fortes preconceitos por parte de seu povo e de sua
geração?" 36/94, 95
Alguém que viveu como Jesus viveu, ensinou como Jesus
ensinou e morreu como Jesus morreu nãopoderia ter sido um mentiroso. Que outras
alternativas existem?
4A. LUNÁTICO
Se é inadmissível que Jesus tenha sido um mentiroso, não
seria então possível que, na verdade, Ele pensasse que era Deus, mas estivesse
enganado? Afinal, é possível a uma pessoa ser sincera e estar errada ao mesmo
tempo.
Todavia, devemos nos lembrar que alguém pensar que é Deus,
especialmente numa cultura veementemente monoteísta, e então dizer aos outros
que o destino eterno de cada um depende de crerem nEle não é uma fantasia
insignificante, mas os pensamentos de um lunático no sentido pleno da palavra.
Jesus foi esse tipo de pessoa?
C. S. Lewis escreveu: "A dificuldade histórica de,
diante da vida, ensinos e influência de Jesus,
oferecer alguma explicação cristã é muito grande. Jamais se
explicou satisfatoriamente a discrepância entre, de um lado, a profundidade e a
sanidade mental de Seus ensinos morais e, de outro lado, a megalomania
exagerada que deve estar por detrás de seus ensinos teológicos, a menos que Ele
seja verdadeiramente Deus. De modo que as hipóteses não cristãs sucedem-se umas
às outras devido à interminável fecundidade da mente, a qual é fruto da
perplexidade". 19/113
Napoleão (citado por Vernon C.Grounds em The Reason for Our
Hope - A Razão de Nossa
Esperança) disse: "Eu conheço os homens; e eu lhes
afirmo que Jesus Cristo não é um homem. Mentes superficiais vêem uma semelhança
entre Cristo e os fundadores de impérios, e também os deuses de outras
religiões. Essa semelhança não existe. Entre o cristianismo e qualquer outra
religião existe uma distância infinita... Todas as coisas que existem em Cristo
me surpreendem. Seu espírito me enche de admiração e respeito, e Sua vontade me
confunde. Entre Ele e qualquer outra pessoa no mundo não existe termo de comparação.
Ele é um ser que verdadeiramente existe por Si próprio. Suas idéias e
sentimentos, a verdade que Ele anuncia, Sua maneira de convencer as pessoas,
nada disso se explica pela organização humana
nem pela natureza das coisas... Quanto mais eu me aproximo,
quanto mais cuidadosamente eu examino, e eis que tudo está acima de mim — tudo
permanece imponente, tendo um esplendor avassalador. Sua religião é uma
revelação vinda de uma inteligência que certamente não é humana... Só nEle, e
absolutamente em mais ninguém, é possível encontrar a imitação ou o exemplo de
Sua vida... Na história busco em vão encontrar alguém semelhante a Jesus
Cristo, ou algo que possa se aproximar do evangelho. Nem a história, nem a
humanidade, nem as eras, nem a natureza me oferecem algo com que eu possa
comparar ou explicar o evangelho. Aqui todas as coisas são
extraordinárias". 11/37
Até mesmo Channing, o escritor unitarista, ao falar da
teoria lunática afirmou, citado por Philip Schaff:
"A acusação de um fanatismo exagerado e ilusório é a
última coisa que se pode dizer de Jesus. Onde éque podemos encontrar sinais
desse fanatismo em Sua vida? Será que os detectamos na autoridade serenade Seus
preceitos? no espírito manso, prático e beneficente de Sua religião? na
linguagem simples com a qual Ele revela Seus supremos poderes e as verdades
sublimes da religião? ou no bom senso, o conhecimento da natureza humana, o
qual Ele sempre revela na maneira de avaliar e tratar as diferentes classes de pessoas
com quem Se relaciona? Será que descobrimos esse fanatismo no fato estranho de
que, embora afirmasse que teria poder no mundo futuro e sempre tivesse feito as
mentes dos homens se voltarem para o céu, Ele nunca deu asas à Sua própria imaginação,
nem estimulou a imaginação de Seus
discípulos, pois não apresentou imagens evocativas nem
qualquer descrição minuciosa daquele estado futuro que ninguém tinha visto? A
verdade é que, por mais notável que fosse o caráter de Jesus, ele se caracterizava
pela serenidade e auto-controle. Esse traço se espalha por todas as Suas outras
qualidades.
Como a Sua religiosidade era serena! Caso possa, indique
para mim uma única expressão impetuosa e veemente de seus sentimentos
religiosos. Será que a Oração do Pai Nosso mostra algum tipo de fanatismo?
...Da mesma forma a Sua bondade, extraordinariamente sincera
e profunda, era calma e serena. Ele jamais perdeu o auto-controle, pois sentia
compaixão pelos outros; Ele nunca se lançou aos empreendimentos precipitados de
uma filantropia marcada pelo fanatismo; mas fez o bem com a tranquilidade e a
constância que caracterizam a providência divina". 36/98, 99
Philip Schaff, o historiador, escreveu: "Será que uma
mente como essa — límpida como o céu,
estimulante como o ar da montanha, afiada e penetrante como
uma espada, plenamente saudável e cheiade vigor, sempre disposta e sempre com o
domínio de si — é capaz de se enganar de modo radical e tão sério a respeito de
Seu próprio caráter e missão? Que idéia mais ridícula! " 36/97, 98
-
5A. SENHOR!!
Quem você decide que Jesus Cristo é não deve ser um
exercício intelectual inconseqüente. Você não pode pô-lO na estante de livros
como se Ele fosse um grande mestre de ensinos éticos. Essa não é uma opção
válida. Ou Ele é um mentiroso, ou um lunático, ou o Senhor. Você tem que fazer
a escolha. "Estes, porém", como escreveu o apóstolo João, "foram
registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus" e.
mais importante ainda, "para que, crendo, tenhais vida em seu nome"
(João 20:31).
As provas claramente favorecem Jesus como o Senhor. No
entanto, algumas pessoas rejeitam as provas tão claras devido às implicações
morais envolvidas. É preciso que haja honestidade moral na consideração dos
dados acima, que mostram Jesus ou como um mentiroso, ou lunático, ou como o
Senhor e Deus.
Compilado de EVIDÊNCIA QUE EXIGE UM VEREDITO. Josh McDowell
Pag.96.
Editora
Candeia - SP