Nessa época de secularismo e ateísmo, encontramo-nos, numa encruzilhada, entre o que cremos, e o que a sociedade secularista ensina , aceita, e convenciona. O neologismo “politicamente correto” sob pena de, preconceituosamente sermos taxados de retrógrados, ignorantes, fanáticos, e fora de moda. Convivemos com a relativização das verdades comuns e intrínsecas, as quais nossa consciência desde a tenra infância, coloca-nos a pensar e decidir com nossa capacidade de escolher entre o que é certo e errado, bom ou mau, o que é para o bem comum, ou o bem de uma minoria, ou de uma maioria, ou mesmo para o bem de um indivíduo em particular.
Noções de moral, e ética as quais encontramos até nos povos mais distantes de nosso conceito de civilização, como as histórias de Adão e Eva, e a do dilúvio universal.
As mulheres por um lado, alcançaram nos países do ocidente, uma relativa equiparação aos homens, como executivas de sucesso, mantenedoras das famílias, e até em profissões e carreiras tradicionalmente atribuídas aos homens. Espanta-me, é que apesar disso o grau de exposição e degradação, que a mulher ainda sofre na sociedade hodierna, é crescente. E a mulher enquanto pessoa, menina, jovem, profissional, e esposa, ainda não alcançou a qualidade de vida tão decantada, pelos chamados movimentos feministas.
Há países africanos e asiáticos, como é de conhecimento geral, que mercadejam com meninas, e mulheres, apoiados por grupos criminosos, que mantêm ramificações em vários países na Europa e nas Américas.
O crescimento da legalização do aborto e ou do controle da natalidade pelos Estados, reduziu a população de jovens, mas não se viu aumento nos investimentos, com saúde, educação, em projetos de profissionalização das mulheres e homens de baixa renda em todo mundo.
Há países como a China, e a Índia, onde meninas são vendidas, mortas, e exploradas no campo e nas indústrias. Em alguns do regime islâmico, a mulher não tem o direito, de sequer se dirigir ao marido se não for solicitada a isso. E corre o risco de ser mutilada pelo marido, estuprada pelos vizinhos, ou pai, e trocada por vacas ou camelos.
Em vários países, as leis que protegem as mulheres do domínio e abuso pelos homens, são antigas, com penas leves ou de multa, como as do Brasil, onde nem é crime uma mulher ser molestada, na condução. E onde o índice de estupro e morte de meninas, namoradas e esposas, é assustador. Vejam os números no Nordeste e Norte do Brasil.
Não vejo nenhuma manifestação que cause efeito real, a favor de leis e penas mais rigorosas, e um aparelho investigativo mais equipado humana e tecnologicamente para atender nossas mulheres.
Além disso, se diz agora existir uma cultura de exposição das mulheres brasileiras, a qual criou no exterior a expressão de “país do turismo sexual”, usada veladamente pelas empresas de nosso país para atrair turistas.
Nunca se viu tanto apelo sexual para vender produto, é sabonete, creme hidratante, cerveja, imóveis, roupas, lingerie, e as coisas mais inusitadas, apresentadas por uma modelo geralmente esquálida e desnuda. A mídia, criou expressões para as várias modalidades de exposição do corpo feminino. Nu artístico, modelos de exposições, job, foto sensual, filme erótico, filme pornográfico, conteúdo adulto, revista masculina, etc.
A indústria da moda criou uma cultura de mitificação da modelo, criando um corpo e estrutura física tida como ideal para as modelos, ditadas por indivíduos cuja preferência sexual não é a feminina. Orientação essa, sabidamente danosa à saúde e à personalidade das adolescentes. As quais se aventuram a ficarem iguais às suas modelos favoritas. Surgiram síndromes comportamentais, como bulimia, anorexia, depressão, rejeição do tipo físico, do corpo ou partes dele, e da sexualidade.
Fico pensando onde está a tal democracia, numa sociedade que empurra suas regras malignas e tendenciosas, para que as nossas filhas e filhos achem que o normal e o bom, é ser como a mídia expõe. Sexo sem casamento, expor o corpo desnudo nas redes sociais, venda de fotos e vídeos em revistas, filmes e ou sites de conteúdo adulto, e participar de realities shows. Beber até cair para se sentir na turma, usar roupas e trejeitos para se sentir aceitos pela maioria.
Isso não é criar uma juventude sem personalidade, seguindo o bonde, sendo por que o outro é? Por isso tantos suicídios nessa sociedade da relativização da verdade e dos princípios morais e éticos. A sucessão dos homicídios em massa perpetrados por jovens de boa instrução.
Alta mortalidade no trânsito, aumento do alcoolismo infantil e feminino, pessoas impunes, que podem pagar caros advogados para os impedirem de serem presos, filhos que não tem a mínima noção de respeito aos pais, professores, e autoridades. Se a verdade, o certo e errado é relativo para que obedecer à regras e leis? Cada um faz as suas. É a barbárie. É a vitória da egolatria, da cultura do corpo. Do ter e do parecer, e não do ser. Jesus Cristo estava certo: - “Por aumentar a maldade, o amor de muitos se esfriará.” Evangelho de Mateus 24:12.
Pastor Prof. Carlos Cesar Bittencourt. 23-10-2017.